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Neste blog, além de conter a História e Genealogia das Famílias Rascón, Martinez, Freitas, Pereira, Brito, Castro, Colares e Cardoso, há também o Brasão da Família Rascón Martinez e o Brasão das Famílias Rascón, Martinez, Freitas, Pereira, Brito, Castro, Colares e Cardoso, a Cronologia Familiar, a exposição das cidades espanholas de onde vieram os ancestrais da Família Rascón Martinez, fotografias dos patrimônios da família, lugares por onde a família construiu história e fontes documentais, como banco de dados para fim de pesquisa aos familiares. No Blog: Primeiro a apresentação da Cronologia Familiar, depois a apresentação da Colônia Ferreira Pena, município de Santa Isabel, Pará, Brasil, onde a Família Rascón Martinez se instalou. A seguir, a apresentação das cidades espanholas de onde vieram os ancestrais da Família Rascón Martinez. E por fim a História e Genealogia das Famílias Rascón, Martinez, Freitas, Pereira, Brito, Castro, Colares e Cardoso, dividida em partes facilitando a leitura. A História e Genealogia das Famílias Rascón, Martinez, Freitas, Pereira, Brito, Castro, Colares e Cardoso começa na Parte 1. Para quem verá o blog pelo telemóvel (celular) tudo aparecerá limitado. Então rolar para baixo e ver no rodapé do blog o botão “Ver versão para web”. Clicar no botão e então aparecer no lado todas as abas com as partes. Também no mesmo rodapé aparecerá o botão “Página inicial”, com uma seta à direita e outra à esquerda, clicar nas setas e as partes aparecerão cada vez que a sete é acionada.

segunda-feira, dezembro 04, 2023

Parte 22 Tereza Rascón de Freitas.


 PARTE 22

Tereza Rascón de Freitas

Tereza Rascón de Freitas

Quando Sérgio Rascón Martínez foi pela primeira vez buscar os filhos no Rio Anapú, município de Igarapé Miri, apenas Sofia quis vir com ele de volta para Mocajuba, a morar com ele. Na segunda viagem, não conseguiu trazer Tereza e Nereu. Na terceira vez, raptou Tereza. Como foi dito, naquele tempo em ele foi buscar os outros filhos, raptando Tereza, Custódia já tinha outro esposo, caso com ele no civil e religioso, e já havia nascido a filha Leuci do novo casal, que já estava com 2 anos de idade. Sérgio emprestou de Seguin o barco “Mário Bentes”, e partiu para o município de Igarapé Miri, indo direto para a casa do Sr. Antônio Cardoso, pai de Elpídio – o segundo esposo de Custódia, e pediu ao próprio Antônio Cardoso para buscar a Tereza na casa de Elpídio e Custódia, convidando-a para um falso passeio, pois Sérgio queria vê-la, mas não quis que ninguém soubesse de sua presença no lugar. Antônio Cardoso foi buscar a Tereza para o falso passeio e a trouxe para Sérgio vê-a, sem ninguém desconfiar de alguma coisa. Sérgio tomou Tereza e a colocou no porão do barco, e partir rumo a Mocajuba, raptando sua filha Tereza, levando-a para seu sítio em Mocajuba.
No Rio Anapú, município de Igarapé Miri, Custódia não se conformou com o rapto e perda da filha Tereza, pedindo ao esposo Elpídio para levá-la a Mocajuba, onde enfrentaria o ex-esposo Sérgio, tomaria sua filha de volta levando-a consigo.
Sérgio Rascón Martínez precisou viajar para Belém, deixado Tereza sob os cuidados de Francisco Seguin Dias, no Sítio Petrópolis, Rio Tauaré, onde funcionava o comércio e residência do mesmo Seguin. O Sítio Petrópolis situa-se na margem do rio, na parte da terra firma. O terreno tem a parte alta da planície e a parte baixa na beira do rio. Uma ladeira escalonada ligava a parte alta à parte baixa.
Custódia e Elpídio foram de Igarapé Miri para Mocajuba, em canoa com tolda, a remo, remando pelo Rio Anapú, Rio Igarapé Miri e Rio Tocantins. Custódia levava nos braços a criança Leuci, de dois anos de idade, debaixo da tolda. Foi a única vez que Elpídio esteve em Mocajuba. Devido à longa viagem, de quase uma semana remando, a comida se acabou na viagem, e eles só comia farinha de mandioca com água do rio. E assim chegaram ao porto do Sítio Petrópolis com um restante de farinha de mandioca que ainda sobrava na canoa. Custódia indicava o caminho, eles passaram por Mocajuba e subiram o Rio Tauaré rumo à casa de Seguin. Custódia e seu segundo esposo Elpídio se depararam no porto do sítio, o proprietário Francisco Seguin Dias. Custódia e Francisco Seguin dias eram amigos sociais desde o tempo em que Custódia foi esposa de Sérgio Rascón Martínez. Custódia contou ao Francisco Seguin Dias sobre o “sequestro” de Tereza feita por seu pai Sérgio, que a levou escondida e raptada para o Tauaré, sem seu aviso e consentimento. Custódia contou toda a sua verdade sobre o rapto de Tereza. E estava ali para buscá-la de voltar, pois estava muito preocupada com a filha, que podia ser contagiada de lepra, “pegar a lepra do pai”. Custódia convenceu o Francisco Seguin Dias de entregar-lhe a Tereza, e de permitir sua partida com ela, por causa da doença de Sérgio. Ela dizia que Sérgio não tinha condição de criar Tereza e cuida dela como filha, devido à lepra. Custódia foi verdadeira quando disse ao Francisco Seguin Dias sobre o término da comida na viagem, quando passaram a comer farinha de mandioca com água do rio. Disse que estavam sem comida e queria partir de volta com comida para alimentar a Tereza na viagem. Com o pouco dinheiro que levaram na viagem, queria comprar comida.
Depois de ouvir toda a versão de custódia, e convencido por ela, Francisco Seguin Dias mandou um funcionário do comércio chamar Tereza que estava na parte decima do terreno. O rapaz emissário subiu a ladeira e foi avisar Tereza que sua mãe estava lá embaixo, no porto, esperando por ela, e que a veio buscá-la de volta, a morar com ela.
Ouvindo aquilo, Tereza saiu correndo, e quase correndo, descia a elevada ladeira da terra firme, rumo ao porto. Custódia viu a filha descendo às pressas, feliz e sorridente, seu vestido de época balançava ao vento na descida, e Custódia contava que ela descia como uma “borboleta” voando. Tereza se jogou no colo da mãe com um abraço forte. As duas se abraçaram, e Custódia disse que veio lhe buscar de volta.
Custódia comprou alimento com o pouco de dinheiro. E Seguin, por sua vez, preocupado com Tereza na longa viagem deu bastante alimento a eles. Arrumaram os pertences de Tereza para viajar. Partiram do Sítio Petrópolis para o Rio Anapú no município de Igarapé Miri. Assim como Sérgio raptou Tereza de Custódia, assim Custódia raptou Tereza de Sérgio; Tereza duas vezes raptada, uma pelo pai e outra pela mãe. Quando Sérgio chegou de Belém, Seguin contou toda a verdade. Sérgio recebeu a notícia como uma punhalada na alma, uma dor como de luto invadiu sua alma. Seu choro silencioso perdurou por vários dias. Depois disso, Sérgio nunca mais voltou a Igarapé Miri e não mais procurou por Custódia, e esta nunca mais voltou a Mocajuba.
Quando Elpídio, segundo esposo de Custódia, recebeu proposta de trabalho para a cidade de Oiras do Pará, Tereza e Nereu Rascon de Freitas moram morar para Oeiras do Pará junto com a mãe. Tereza tornou-se uma bela donzela e casou em Oeiras do Pará, mas foi comedida por uma doença grave levando-lhe a óbito. Morreu jovem, casada, sem deixar filhos.

          
         O sítio Petrópolis, no Rio Tauaré, município de Mocajuba, a antiga propriedade de Francisco Seguin Dias, no lado da terra firme do rio, onde era o comércio e residência de Seguin. Aos fundos, no alto, ver a ladeira na planície por onde Tereza desceu quase correndo, ao encontro de sua mãe que a esperava no porto a fim de levá-la de volta consigo para Igarapé Miri.
          Ver-se no porto o barco ‘Mário Bentes”, emprestado por Sérgio Rascón Martínez para raptar Tereza no Rio Anapú, Igarapé Miri, levando-a para Mocajuba; o mesmo barco que levou Nereu Rascon de Freitas para Mocajuba, e o mesmo barco usado por Nereu para levar de Mocajuba para Belém, as filhas da Alta Amaral Tavares: Iracema, Eunice e Guiomar, quando elas se mudaram para Belém.
 

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