PARTE 21
Sofia de Freitas Nogueira
O empresário espanhol Francisco Seguin Dias e Alcina de Clairefont Souza Seguin Dias se casaram e geram os filhos Leonor, Alberto, Lúcia, Antônio, Albertina, Afonso e Francisco, todos nascido no lugar Tauaré, município de Mocajuba. Sérgio Rascón Martínez convidou o casal Seguin e Alcina para serem os padrinhos de batismo de sua primeira filha, Sofia de Freitas Nogueira.
Sofia de Freitas Nogueira, nascida a 30/06/1918 em Mocajuba, no lugar da atual Casa São Geraldo, e falecida em Belém, aos 65 anos de idade, no dia 18/06/1983, sepultada no Cemitério Santa Isabel. Filha primogênita do casal Sérgio Rascón Martínez e Custódia de Freitas Nogueira. Sofia era afilhada de batismo de Francisco Seguin Dias e de sua esposa Alcina de Clairefont Souza Seguin Dias (filha de Samuel Prudêncio de Souza Júnior, natural de Cametá). Depois de Sofia vieram os filhos Tereza, Nereu e Hélio Sérgio (o Serginho). Sofia teve dois esposos: Francisco Bellarmino de Melo e Miguel da Silva Colares, gerando filhos e filhas com os dois esposos. Sofia tem duas filhas por nome Nilze com o segundo esposo, a primeira Nilze morreu na juventude sem gerar filhos.
Sofia foi a única filha que voltou com seu pai para Mocajuba, quando ele foi buscar os filhos no Rio Anapú, município de Igarapé Miri, na terceira viagem que fez ao lugar. Sérgio amava os filhos e sentia a falta deles. Ele estava solitário em Mocajuba, sem familiares. Entretanto, Sérgio estava com lepra e não podia cuidar de Sofia. Então a entregou aos seus padrinhos Seguin e Alcina, a fim deles cuidarem dela para ele. Na verdade, Sofia não morou com seu pai Sérgio e sua residência, quando voltou para Mocajuba, mas foi entregue aos seus padrinho e morava com eles. O Sítio Petrópolis, no lugar Tauaré, situado na parte da terra firme, era a residência de Seguin, próximo ao Sítio Olaria, onde era a residência de Sérgio, na Ilha do Rufino. Os dois sítios estão no mesmo rio. Embora morando com os padrinhos, Sérgio queria Sofia perto dele.
Os filhos de Seguin estavam crescendo e precisavam estudar em Belém em busca de formação acadêmica, era o desejo de Seguin. Ele fez sua esposa e os filhos morar em Belém. Os filhos precisavam morar com a mãe em Belém. Seguin mandava dinheiro e mantimentos de Mocajuba. Sérgio Rascón Martínez entregou sua filha Sofia para a Sra. Alcina, sua madrinha, morar com ela em Belém, a fim de também estudar na capital. Alcina com os filhos e Sofia moraram na Avenida Mundurucus, Nº 673, entre Apinagés e Tupinambás. Sofia tinha nove anos de idade quando foi morar para Belém com sua madrinha Alcina... Logo em 1927? Se Sofia nasceu em 1918. Segundo Sofia, os filhos de Seguin estudaram no colégio Progresso Paraense.
Sofia tinha 9 anos de idade, quando em 1927, foi morar com a família de Seguin em Belém. Segundo as informações de Sofia, em Belém ela morava como doméstica na casa de sua madrinha Alcina, onde, segundo ela dizia, sofria e era humilhada por Alcina a quem servia em todos os trabalhos domésticos e pessoais.
Sofia, aos 16 anos de idade, conheceu o jovem Francisco Bellarmino de Melo, de 23 anos de idade, nascido a 15/01/1951. Francisco queria se casar com Sofia, mas era preciso pedir a permissão de seu pai Sérgio em Mocajuba, e buscar a sua certidão de nascimento também em Mocajuba. Como Sérgio estava com lepra, era melhor Francisco ir a Mocajuba interceder por Sofia, e ele não podia vir ao casamento em Belém. Francisco partiu para Mocajuba trazendo a certidão de nascimento de Sofia para fim matrimonial, e se casaram no dia 07 de julho de 1934.
A primeira família do casamento de Sofia não teve casa própria, e morava de aluguel. Francisco Bellarmino de Melo abandonou Sofia com os filhos. Sofia teve dificuldades financeiras para criar os filhos, e foi para o sítio Olaria no intuito de morar com o pai Sérgio, a fim de tomar conta dos restos dos bens familiares que ainda restavam, e veio a cobrara herança e acusar seu irmão Nereu. Naquele tempo, Nereu já havia voltado de Oeiras do Pará para morar com o pai. Sérgio percebeu o interesse de Sofia e pediu sua volta a Belém, encontrar seu esposo, pedindo para voltar a ter vida conjugal com o esposo. Sérgio deu a Sofia algumas joias e dinheiro. Sofia voltou para Belém, mas não procurou pelo esposo. Naquele tempo em que Sofia foi a Mocajuba (1940 ou 1941 ou 1942) ela estava com 23 ou 23 ou 24 anos de idade; e, Nereu estava com 17 ou 18 ou 19 anos de idade. Nereu viajava como regatão pelos rios da Amazônia vendendo mercadorias. Sergio estava pior da lepra.
Em Belém, Sofia foi morar no atual bairro da Pedreira, em casa alugada. Na Pedreira, quando parte do terreno da Aeronáutica foi tomado por invasores, e depois regularizado pelos moradores, Sofia teve seu terreno próprio longe da Travessa Mariz e Barros, a antiga Travessa Estrela, onde morava antes, e construiu uma casa, na rua em que se tronou a Avenida Visconde de Inhaúma, N° 1787. Sofia se mudou para sua casa própria em outubro de 1959. Um ano depois, Sérgio Rascón Martinez morreu em Mocajuba. Sofia confeccionou seus vestidos pretos de luto e os usou durante um ano.
Em sua casa, Sofia trabalhava com afinco em costura, bordados e artesanato. Tinha “mão de fada”, conforme a expressão de Nereu, para confeccionar ternos, gravatas, roupas sociais e vestidos. Confeccionava sandálias, bonecas, cobertores, lençóis, toalhas, bolsas e variedades de artesanatos.
Houve um tempo em que Sofia teve dificuldades financeiras em Belém. Conheceu um segundo homem, Miguel da Silva Colares (Dados?), natural de Santarém, que queria se casar com ela, mas Sofia não aceitou um novo matrimônio por ser crime, pois não era “desquitada” com seu primeiro esposo. Naquele tempo, não havia a lei do divórcio no Brasil. Então os dois e uniram e fundaram uma família sem casamento. Geraram os seguintes filhos: Nilze Freitas Colares – morreu na juventude, Nilton Freitas Colares, Nilma Freitas Colares – morreu na infância, e Nilze de Fátima Freitas Colares.
O novo casal não prosperou financeiramente. O segundo esposo de Sofia a abandonou com os filhos por causa de outra mulher com quem construiu família e gerou filhos com ela.
Sofia distribuiu os filhos entre famílias conhecidas. Os filhos com o primeiro esposo, Olívia e Francisco, já haviam sidos dados para outras famílias criarem. Os filhos do segundo marido também foram dados para outras famílias, mas depois Sofia foi buscar a Nilza de Fátima e o Nilton para morar com ela. Francisco e Nilze – a primeira filha com o segundo marido, morreram na juventude. Nilze de Fátima cresceu aprendendo a bordar, costurar e cozinhar. Por um tempo, Sofia tronou-se cristã da Igreja Batista, mas depois se afastou da religião, não procurando outra religião.
Era de costume Sofia ir ao porto de Belém enviar e receber encomendas e notícias familiares nos barcos que faziam linha de viagem entre entre Belém e Mocajuba. Em Mocajuba ainda não usava o telefone, a comunicação era por carta.
Em Belém, Nilze de Fátima namorou e se casou com o jovem Valdemir Corrêa Brandão Pinto, conhecido como “Dudú”, nascido a 31/07/1943, ela com 17 anos de idade e ele com 23 anos. Para ajudar a filha Nilze pós casamento, Sofia vendeu a sua casa própria para o casal Valdemir e Nilze, e pede para eles construírem uma pequena casa no fundo do quintal da casa para ela morar separada deles, pois não tinha onde morar. A casinha foi construída com dois andares, pequena só para Sofia morar até a morte.
Valdemir derrubou a casa construída por Sofia construindo no lugar uma nova casa de alvenaria. Valdemir e Nilze geram quatro filhos Valdenil (o Careca), Valdenilze (a Vanda), Vanise (a Gigi) e Valdemir (o Robe), que casaram e geraram filhos.
Valdemir nunca foi fiel à Nilze, tendo muitos casos de adultério, por fim assumiu uma nova família com outra mulher. O casal se divorciou oficialmente depois do nascimento do último filho. Como professora em colégio de Belém, Nilze foi vice-diretora e diretora de colégio, aposentou-se como professora. Construiu uma nova terceira casa de dois andares no lugar da casa construída por seu ex-esposo.
Sofia, em julho de 1981, com sua filha Nilze de Fátima, os filhos da Nilze e a Nereides (filha do Nereu), foram visitar a família em Mocajuba, ou seja, um ano antes do casamento do Nilson (filho do Nereu). Em julho de 1982, aproveitando o acontecimento do casamento do Nilson, todos eles foram outar vez a Mocajuba visitar a família. Sofia se despediu da cidade onde nasceu, morou na infância e onde morreu seu pai Sérgio, pois ela estava envelhecida, frágil, com enfermidades de hérnia, diabete, pulmão e coração, que a levou à morte em 1983. Em 1983, já no hospital Barros Barreto, em Belém, internada e acamada, mandou sua filha Nilze de Fátima chamar um sacerdote para se confessar, comungar e receber a unção dos enfermos. Nilze estranhou o pedido de Sofia, e lhe perguntou se não era protestante. Sofia insistiu com a Nilze para chamar o sacerdote. Então Nilze foi buscar o sacerdote. Sofia se confessou durante meia hora na cama, e recebeu os sacramentos finais, e acompanhada pelo sacerdote e por uma freira, morreu sacramentada no dia 18/06/1983. O velório foi na casa da Nilze. E conforme o pedido de Sofia, foi sepultada no Cemitério Santa Isabel, em Belém, em urna de luxo conforme seu pedido. Nilze escreveu uma carta ao seu tio Nereu, irmão de Sofia, relatando todos os últimos dias de vida de Sofia, sua entrada na internação no hospital, sua morte e sepultamento.
Nereides, que morava com Sofia, passou a morar com sua prima Nilze, até o dia em saiu da casa para formar uma família. A pequena casa no fundo do quintal da casa da Nilze, onde Sofia morava, foi desfeita.
Nilze reformou a casa anexando um muro elevado
gradeado na frente. Depois remodelou a casa modificando a frente, construindo
nova sala, ampliando e transformando a casa em dois andares. Seus filhos se
formaram, casaram e saíram de casa. Nilze vendeu a casa, comprou o apartamento
Nº 1203, na Travessa Curuzú, Nº 1934, onde morou até o dia em que saiu de casa
para fazer uma cirurgia no coração, e morreu no hospital. Nilze fez cirurgia no
coração, e a partir da cirurgia permaneceu em estado de coma por vários dias, vindo
a falecer no dia 16/03/2016, às 14:30h, no Hospital Dom Luís I, por falência
múltipla de órgãos e choque cardíaco. Seu corpo foi velado na capela da empresa
funerária Max Dómini, na Avenida José Bonifácio, Nº 1550, bairro do Guamá,
Belém. No dia seguinte seu corpo foi transladado para o Complexo Crematório no
Cemitério Max Dómini, Marituba, acompanhado por toda a família, inclusive por
seu ex-esposo e a esposa dele. Seu corpo foi colocado num frigorífico onde
esperou sua vez para ser cremado, dias depois. Seus filhos atenderam seu pedido
em vida, e seu corpo foi cremado, conforme seu desejo. Até o ano de 2024, foi o
único membro da família ter o corpo cremado. No dia marcado para a cremação,
Valdenil, Valdenise e seu esposo, Vanise e seu esposo, e o Nautilho foram ao
crematório para o reconhecimento do corpo antes de entrar no forno.
Parte da
Genealogia da Família de Sofia de Freitas Nogueira e a Família Colares unida à
Família Rascón Martínez.
Família de Sofia de Freitas Nogueira e
a Família Colares unida à Família Rascón Martínez. |
1º
Esposo:
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Francisco
Bellarmino de Melo. Nascimento 15/01/1951. Casamento com Sofia: 07/07/1934.
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Filhos com o 1° esposo:
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- 1. Francisco. Nascimento: 30 de abril de? Morreu na
juventude.
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2° Esposo, união estável:
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Miguel da Silva Colares. Dados? É
da união de Sofia de Freitas Nogueira e Miguel da Silva Colares que
existe a Família Colares unida à Família Rascón Martínez. Os filhos, netos e
bisnetos do dito casal levam o sobrenome Colares.
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Filhos com o 2° esposo:
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- 1. Nilze Freitas Colares. Dados? Falecida na
juventude.
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- 3. Nilma Freitas Colares. Dados? Falecida na
infância.
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Família de Nilton Freitas Colares |
Esposa do Nilton:
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Filhos. Nilton e Ana Lúcia geraram cinco filhos, três homens e duas
mulheres:
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Família
de Nilton Freitas Colares
Nilton Freitas Colares. Nascimento: 23/05/1945,
Belém. Filho de Sofia de Freitas Nogueira e Miguel da Silva Colares. Casado com
Ana Lúcia, geraram filhos, netos e bisnetos.
Esposa do Nilton:
Ana Lúcia Colares. Dados?
Filhos. Nilton e Ana Lúcia
geraram cinco filhos, três homens e duas mulheres:
- 1. Nilton Júnior
Colares. Dados:?
- 2. Adriana Colares.
Dados:?
- 3. Cristiano. Dados:?
- 4. Andreza Colares. Dados:?
- 5. Adriano Colares. Dados:?
Família da Nilze de Fátima Freitas Colares |
Nilze de Fátima Freitas Colares. Nascimento: 14/07/1949. Filha de Sofia de Freitas Nogueira e Miguel da Silva Colares. Casamento: 12/03/1966. Divorciada. Falecimento: 16/03/2016, às 14:30h, no Hospital Dom Luís I, Belém, por falência múltipla de órgãos e choque cardíaco. |
Ex-esposo, divorciados, ambos
falecidos:
|
Valdemir Corrêa Brandão Pinto (o Dudú). Nascimento: 31/08/1943. Abandonou o matrimônio para assumir família de segunda união. Falecimento: 11/08/2023, às 2h da madrugada. Fez cateterismo no coração e morreu. Seu corpo foi velado numa capela na Rua Domingos Marreiros, Belém. |
Filhos. Nilze de Valdemir
geraram quatro filhos, dois homens e duas mulheres:
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Família
da Nilze de Fátima Freitas Colares
Nilze de Fátima Freitas Colares. Nascimento: 14/07/1949.
Filha de Sofia de Freitas Nogueira e Miguel da Silva Colares. Casamento:
12/03/1966. Divorciada. Falecimento: 16/03/2016, às 14:30h, no Hospital Dom
Luís I, Belém, por falência múltipla de órgãos e choque cardíaco.
Ex-esposo, divorciados, ambos
falecidos:
Valdemir Corrêa Brandão Pinto (o Dudú). Nascimento:
31/08/1943. Abandonou o matrimônio para assumir família de segunda
união. Falecimento: 11/08/2023, às 2h da madrugada. Fez cateterismo no
coração e morreu. Seu corpo foi velado numa capela na Rua Domingos
Marreiros, Belém.
Filhos. Nilze de Valdemir geraram
quatro filhos, dois homens e duas mulheres:
- 1. Valdenil
Colares Pinto. Nascimento: 04/01/1967, Belém.
- 2. Valdenize Colares
Pinto. Nascimento: 21/02/1971, Belém. Casamento: Dados?
- 3. Vanise Colares
Pinto. Nascimento: 28/08/1977, Belém. Casamento: Dados?
- 4. Valdemir Colares
Pinto. Nascimento: 20/07/1986, Belém.
Família do Valdemir (Careca), filho
da Nilze Colares, neto da Sofia, bisneto do Sérgio Rascón Martínez. |
Primeira esposa
por união estável:
|
Filhos do
Valdemir e Simone:
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Segunda esposa
por união estável:
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Sara.
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Filho do Valdenil
e Sara: |
Venâncio.
|
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Terceira esposa
|
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Filhos do Valdenil e Carla Cristina: |
?
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Família da Valdenize (Vanda), filha
da Nilze Colares, neta da Sofia, bisneta do Sérgio Rascón Martínez.
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Esposo, união estável no civil e casada no religioso (data
do casamento?):
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Filha da Valdenize e Antônio:
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Família da Vanise Colares
Pinto, neta da Sofia, bisneta do Sérgio Rascón Martínez. |
Esposo:
|
?
|
Filhos:
|
?
|
?
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Família do Valdemir (Robe), filho
da Nilze Colares, neto da Sofia, bisneto do Sérgio Rascón Martínez. |
Esposa por
união estável:
|
Maria Isabela. (Falta os dados).
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