PARTE 45
A morte e sepultamento de Nereu Rascon de Freitas
Desde quando Nereu estava no hospital, na recuperação da cirurgia na próstata, recebia o sacramento da confissão, unção dos enfermos e Eucaristia. O capuchinho Frei Elias (Egidio Baldelli), foi ao Hospital Nossa Nazaré de Nazaré, bairro Canudos, em Belém, ministrar todos estes sacramentos nele.
Quando a doença final o abateu, e não podendo mais morar sozinho no Sítio Olaria, preferiu morar na casa da Nilva na cidade. A doença final o condenou ao leito, Nereu, não podendo mais comandar sua própria vida, ficando submisso aos cuidados de sua filha Nilva a da Sra. Zeneide, cunhada da Nilva. Zeneide foi paga para cuidar do Nereu na casa da Nilva. Na casa da Nilva, Nereu recebia visitas diárias de pessoas avulsas, familiares, amigos, grupos e oração, ministros extraordinários da comunhão e de sacerdotes que ministravam os sacramentos nele. Noras, netos, parentes da família de Maria Marta e das famílias por laços matrimoniais faziam-se presentes. Nereu fez doação da grande mesa de acapu e dos bancos de acapu para a Comunidade Cristã Boa Esperança, com sede no terreno cajual. Os cristãos da dita comunidade faziam visitas a Nereu ministrando orações nele. Cristãos de outras comunidades também faziam visitas e orações. Agripina Martins Leite liderava a visita dos cristãos com suas orações, e quis emprestar o Crucifixo de bom tamanho para ficar perto de Nereu até dia de sua morte. A casa da Nilva recebia muitas visitas. Nereu teve muitos afilhados de batismo, a muitos deles tornaram-se protestantes, que também visitavam o padrinho, e faziam orações com a permissão do Nereu que não gostava das orações protestantes. Para a Sra. Maria Rosa, Nereu declarou ser devoto de Nossa Senhora da Conceição. Então a dita senhora orava por ele o Ofício de Nossa Senhora e as devoções a Nossa Senhora da Conceição.
As últimas quatro semanas finais de vida de Nereu, ele ficou em estado muito crítico, não mas regulando seu próprio corpo. Sua morte era esperada por todos. Familiares e amigos já estavam preparados para a sua morte. Faleceu ao amanhecer do dia 1 de maio de 2009, aos 86 anos de idade, quando a Comunidade Boa Esperança celebrava seu padroeiro, São José Operário. Os cristãos da dita comunidade fizeram toda a celebração festiva pela manhã, ficando livres para o sepultamento a tarde. Nilva e Zeneide entenderam que Nereu estava agonizando, e assistiram a morte, porque somente elas estavam na casa. Zeneide acendeu a vela na mão do Nereu na hora da morte, e em oração, entregava a alma de Nereu ao seu Criador, e assim ele morreu. Nilva avisou a família de sua morte. Os familiares distantes viajaram às pressas para Mocajuba. Nilze Colares viajou com toda a família, levando a Nereides para Mocajuba.
Nereu pagava plano funerário a uma funerária em Mocajuba, que forneceu a urna e todo aparato do velório. Marlene, esposa do Lúcio Guimarães, colocou flores sobre o corpo do Nereu. A tarde, depois das últimas orações, eu chamei os familiares para a despedida antes da urna ser fechada. O corpo foi colocado no carro fúnebre e seguiu cortejo. A multidão formada por pessoas da cidade e do interior, seguiu com o carro fúnebre para a Igreja Matriz de Mocajuba, saindo da Travessa João Ribeiro, seguindo pela Rua 15 de Novembro e pela Travessa Alexandre de Castro rumo à igreja. Junto ao cadáver dentro do carro, estava a Nilva, sua filha Nilzete, o Nei e Nautilho que registrava as fotografias. Sob o toque dos sinos, o corpo entrou no Templo. As irmãs Matilde e Nair coordenavam a liturgia com cânticos. Foi uma celebração diferenciada. O sacerdote Pe. Zenildo ministrou as exéquias. No final, Nautilho verbalizou uma mensagem aos amigos e familiares, e fez agradecimentos. Sob o toque dos sinos e com cânticos, o corpo saiu do Templo entrando no carro fúnebre, seguindo para o cemitério. Do portão do cemitério, o corpo foi levado para o jazigo da família. O túmulo onde foi sepultado o corpo de Maria Marta estava aberto. O corpo de Nereu foi sepultado sobre o corpo de sua esposa Maria Marta.
Na Igreja São José, no terreno cajual, na frente da casa que pertenceu a Nereu, houve a missa especial do sétimo dia de morte de Nereu.
O cartão de luto, em tamanho cartão postal, foi produzido em Belém. A arte é de Nautilho, que colocou a fotografia recortada de Nereu, no dia do casamento de sua filha Nádia, de um lado, e a figura de Nossa Senhora da Conceição, do outro lado, com a seguinte mensagem na arte:
NEREU RASCON DE FREITAS
+ 12/05/1923 + 01/05/2009
Há muitas mensagens sobre a morte, qual dela escolher? Então não falaremos da morte, mas de Nereu Rascon, aquele homem que hoje vive com Cristo Vivo e Vencedor. Nereu cumpriu sua missão. Que missão? O dom de existir, ele existiu por vontade de Deus, ele é um dom do amor de Deus assim como todos nós. Deixou no mundo dons preciosos: seus queridos filhos, seus netos maravilhosos, uma geração de abençoados, que sabem que o amor é mais forte que a morte. O que está escrito aqui é muito pouco para cada um de seus familiares expressarem sobre ele suas mensagens profundas do coração e do sentimento ferido pela dor da separação. A ele a nossa gratidão por tudo. Quem o ama, reze por ele. Saudades e orações de seus filhos, netos, bisnetos, irmãs (Isaura e Maria), noras, genros, sobrinhos, parentes, afilhados, compadres e amigos, que nunca o esquecerão.
Brilha para sempre no céu estrelado da Imaculada Conceição mais uma estrela: NEREU, que se iluminou para mais ornar o céu de Deus. Amém.
O cartão foi distribuído com dentro de uma aluda dobrada em três partes, e na lauda estava escrita a seguinte mensagem:
UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA
Homenagem a Nereu Rascon de Freitas!
Entre as brumas do rio Tauaré, viveu a maior parte de sua vida, labutou no afã bendito nesta Terra da Conceição. Querido por todos, exerceu sua caridade, manifestando a bondade de seu coração ao próximo, ajudou o que foi do seu alcance a ajudar. Viveu o que pode viver neste mundo material, e só não viveu mais porque o corpo tem seu tempo de descanso a espera de uma ressurreição final. Forte, valente e herói da vida, cumpriu a missão paternal, deixando no mundo uma geração de filhos, netos e bisnetos leais e ordeiros, amantes do bem e do amor, um punhado de bravos heróis, que farão dele um imortal patriarca de sua família. Descansou em maio, o mês de Maria, sob as bênçãos da Mãe de Jesus, e nos braços Dela fez sua escalada para o reino da luz. Enfim, ele foi um verdadeiro mocajubence conforme esta expressão, filho da Imaculada Conceição.
Nosso céu tem mais estrelas, no céu as estrelas brilham, porém, brilha mais na terra de Maria Conceição, e assim como uma estrela é fixa e firme no céu sideral, assim acreditamos que ele está fixo e firme no céu da Bem-aventurança de Deus. Ele foi mais uma estrela que se acendeu no céu estrelado de Maria Conceição que brilha para sempre na Luz e Glória de Deus, sendo assim uma das estrelas de Maria se chama Nereu.
Acreditamos também que, a geração abençoada de seus filhos, netos, bisnetos e das outras gerações futuras, serão sempre um povo amante do bem e do amor, que levarão a glória e a imortalidade desta família e desta terra de geração em geração, com a marca da sabedoria que a característica familiar, crescendo sempre na bênção e prosperidade com arrojo, com brio e com fé. Sua geração presente e futura será sempre uma chuva de bênçãos sobre a Terra.
Não falamos de Nereu como coisa de morte, tristeza, luto e passado, mas falamos dele com glória presente e das maravilhas e dons preciosos de seus filhos, netos e bisnetos que deixou no mundo, sendo cada um deles um precioso dom do amor de Deus sobre a face da Terra. Nereu para nós nunca será coisa do passando, mas será sempre glória e imortalidade presente e futura. Nunca será para nós sinal de morte e tristeza, mas sinal de heroísmo, fortaleza, valentia e labuta. Seu nome não foi escrito na calçada da fama, mas foi escrito no Livro da Vida e no coração de Jesus, ele morreu na primeira sexta feira do mês de maio de 2009, na festa do Sagrado Coração de Jesus e quem morrer nesta festa tem seu nome escrito no Coração de Jesus. Aqui não é uma mensagem póstuma, mas é de Esperança, aquela esperança dada por Jesus, “se creres verás a glória de Deus”, e nós cremos na ressurreição dos mortos e na vida eterna, nossos corpos não se acabam ou terminam no sepulcro mas, ressuscitarão para a vida eterna, “creio na ressurreição da carne”, por isso num só sentimento unidos, cheios da mesma alegria, digamos unidos as vozes a universal harmonia agora e por toda a eternidade, porque a vida é eterna, e este é o nosso hino triunfal e assim digamos entre os louvores a Deus.
Quem ler este texto, que leia com sentimento e emoção da alma e com o coração, porque as letras não expressam o sentimento da mensagem e da alma que escreve. E lembre-se do Nereu somente como coisa bela e glorifique a Deus pela maravilha de sua descendência deixada por ele no mundo. Amém!
Por Nautilho Pereira de Freitas!
A missa de um mês de morte de Nereu foi a mesma da coroação de Nossa Senhora na Igreja Matriz de Mocajuba, como uma missa mariana, encerramento das orações do mês de maio. O Pe. Zenildo quis assim para homenagear Nereu. Crianças da catequese, vestidas como anjos, fizeram a coroação. A missa foi animada por catequistas e catequisando. Nautilho fez a leitura litúrgica representando a família de Nereu.
O primeiro mausoléu foi construído pela Nilva e sua filha Nilda, meses depois da morte do Nereu. Nélia, filha do Nereu, queria um mausoléu melhorado, e mandou construí-lo. Enviou o dinheiro para o irmão Nei que administrou a construção. Nei e Nilton também contribuíram financeiramente para a construção no novo mausoléu em tamanho maior, em 2022. Nei mandou afixar o retrato de Nereu e Maria Marta no túmulo, o retrato que estão juntos no dia do casamento.
O túmulo do Sérgio Rascón Martínez também foi construído. Seu retrato com uma mensagem foi afixado no túmulo.
O Sítio Olaria depois da morte de Nereu
Quando Nereu morreu, o casarão de madeira no Sítio Olaria já estava em ruína avançada. Depois de sua morte, a casa ficou abandonada, e veio a total ruína. Nilton, que sempre foi responsável pelas documentações do terreno da Fazenda Maria Marta, também foi levado a ser o responsável pelos terrenos do Sítio Olaria e do Castanheiro, já que não apareceu nenhum herdeiro para tomar conta das propriedades. Nos últimos anos de vida de Nereu, quando ele estava doente na casa da Nilva, não mais podendo ir ao Sítio Olaria, seu filho Norberto tomava conta dos terrenos, colhendo os frutos da terra, em especial o cacau. Norberto morava na Fazenda Maria Marta, ia aos terrenos cuidar deles, limpar e colher os frutos. Quando Nereu morreu, Norberto continuou fazendo o que já fazia antes no terreno. Também dava assistência ao terreno da família da Iracema no lugar Tauarezinho. Norberto chegou a dormir no antigo casarão de dois andares deixado por Nereu, mas este já não estava propício para morar, podendo desabar a qualquer momento. O casarão, tão apodrecido chegou a tombar para o lado. Norberto e os ajudantes retiraram as telhas do casarão e demoliram o restante da casa evitando desabar sobre pessoas. As telhas desciam em calha até o chão.
Na fazenda Maria Marta, Norberto possuía madeira para a construção de uma nova casa no lugar daquele casarão. A nova casa de madeira foi construída como casa de apoio para o Norberto, pequena, com um só pavimento e muito simples. Norberto podia dormir na casa quando quisesse e guardar instrumentos de trabalho. Até 2014, Norberto continua fazendo nos ditos terrenos o que já fazia antes da morte de Nereu: limpando, zelando, colhendo os frutos e dando assistência, morando na Fazenda Maria Marta.
Em vida, Nereu comprou vários pedaços de terenos que adentravam o terreno Castanheiro, para ajustar o Castanheiro, evitando confusão com os pedaços de terrenos alheios dentro do dito. Uma ponta de terreno como um cone, adentrava o terreno Castanheiro, e Nereu comprou este tido ajustando as terras. Assim Nereu foi comprando terrenos anexando ao Castanheiro. Tais terrenos comprados por Nereu, e os terrenos do Sítio Olaria e Castanheiro, não tiveram escrituras antes da morte de Nereu e até 2014 ainda estão sem escrituras. O que existem são recibos de compra e venda e antigos documentos de declaração dizendo que o Castanheiro e Olaria são propriedades de Sérgio Rascón Martínez. O próprio Sérgio se declara proprietário das terras juntos às testemunhas assinadas.
O último terreno comprado por Nereu em anexo ao terreno Castanheiro
“ESCRITURA particular de compra e venda de um terreno, localizado no lugar Ilha do Rufino também denominado sitio Castanheiro: medindo 40 metros de frente por 50 metros de fundo tendo como vendedores Josiel Maia Fernandes e Maria Eunice Santos Oliveira.
SAIBAM, quantos virem a esta escritura particular de compra e venda, feita e assinada aos 19 dias do mês de maio de 2006, da Era Cristã, nesta Cidade de Mocajuba, Estado do Pará, República Federativa do Brasil — nós abaixos assinados como outorgantes VENDEDORES: Josiel Maia Fernandes e sua esposa Maria Eunice Santos Oliveira, brasileiros, paraenses, concumbinos, maiores, residentes e domiciliados no lugar Tauaré Grande no Munícipio de Mocajuba, DECLARAMOS, que fizemos venda livre e desembaraçada de quaisquer ônus, encargos, procedimentos judiciais, ao outorgado comprador Nereu Rascon de Freitas, reconhecidos pelas testemunhas adiante nomeadas e assinadas, do que damos fé, de um terreno localizado na Ilha do Rufino, no lugar denominado Castanheiro, medindo o terreno 40 metros de frente por 50 metros de fundos limitando-se pelo lado direito com Terreno ocupado por Nereu Rascon de Freitas, pelo preço e quantia de R$ 50,00 (CINQUENTA REAIS), em moeda corrente nacional, que declara os outorgantes vendedores já ter recebido do outorgado comprador, pelo que lhes dão plena e geral quitação de paga dessa quantia e lhe transmite todos os direitos e ação, domínio, posse, senhorio e mando que os vendedores, tinham no imóvel descrito e confrontado ora vendido para que o comprador possa fazer dela uso e gozo dispor livremente como e em que lhe convier, com sua que é, e fica sendo desse desde já, por força da presente escritura e da cláusula constituir; obrigando-nos os ditos vendedores, por seus sucessores e herdeiros ao fazer a presente venda sempre boa, firme e valiosa e a por o comprador a paz e a salvo de quaisquer dúvidas futuras e a responder pela evicção de direito. E por assim acharem justos, acordados e contratados, foi digitado a presente escritura que depois de lida e achada conforme e exata vai assinada juntamente com as testemunhas maiores idôneas presenciais.
Mocajuba, Pará, 19 de maio de 2006.
Josiel Maia Fernandes
Vendedor
Maria Eunice Santos Oliveira
Vendedora
Nereu Rascon de Freitas
Comprador
Testemunhas:
1. Ocir do Carmo Santos.
2. João Maria Santos.”
O Crucifixo da
Família Rascón Martínez.
Sérgio Rascón Martínez, tinha
um crucifixo em sua residência no Rio Tauaré, Mocajuba. Quando Nereu transferiu
a família do Tauaré para a cidade Mocajuba, as imagens dos santos foram com a
família, entre os objetos estava o dito Crucifixo. Maria Marta. Esposa do
Nereu, faleceu no dia 24 de agosto de 1977. O Crucifixo foi removido da parede
da sala da casa e colocado sobre o peito do corpo da falecida, onde estava um
terço mariano de sua devoção. O corpo foi velado na sala da casa, onde
pernoitou. No dia seguinte, quando o Sr. Manoel Arigó foi tampar o caixão,
Nilva, filha do Nereu, pediu para deixar o Crucifixo no peito da falecida e só
tirá-lo na hora do enterro no cemitério, e assim foi feito. Tempo depois da
morte de Maria Marta, esposa do Nereu, as ditas imagens voltaram para o Tauaré
e foram instaladas no andar de cima do casarão. Na década de 90 do século XX, Nereu
mandou restaurar o Crucifixo e colocar um pino na base. O crucifixo podia ficar
de pé com o pino com degraus. Na última viagem que a Nilze, filha da Sofia
(irmã do Nereu), fez a Mocajuba, antes de sua morte, a Nereides, filho do
Nereu, a acompanhou na viagem. Nereu entregou o Crucifixo para a Nereides
guardar para a família. Nereu queria preservar o Crucifixo na família diante de
cobiça de alguns que queriam tomá-lo para si. Nereides levou o Crucifixo para
Belém, e o colocou na sala de sua casa. Nereides e filhos se converteram
protestantes na Igreja Quadrangular. Um dia, Nautilho visitou sua irmã Nereides
e viu o Crucifixo quebrado e desprezado atrás de um pau na cozinha da casa da
Nereides. Não havia o pino e o haste principal da Cruz. Havia somente o braço
da cruz e a imagem do Senhor Jesus. A imagem do Senhor morto estava pregada no
bração da cruz, mas bastantes frouxa. Nautilho tomou o Crucifixo quebrado e
pediu de volta: Eu vou levar o Crucifixo.
Nereides
respondeu com naturalidade: “Leva, pode
levar”.
A intensão
de restaurar o Crucifixo era a memória afetiva familiar, o sentimento pelo
sagrado familiar, devolvê-lo à família e colocá-lo no peito de cada um dos filhos
do Nereu quando estes morressem. Nautilho queria colocar o Crucifixo no peito de
seus irmãos quando viessem a óbito. Em Mocajuba, durante a enfermidade final de
Nereu e no seu velório, o dito Crucifixo não foi usado porque estava em Belém, sob
a guarda da Nereides. Então, a Sra. Agripina Martins Leite emprestou o Crucifixo
de sua casa, para ficar na casa da Nilva, filha do Nereu, onde o próprio Nereu estava
doente vindo a falecer. Depois do sepultamento de Nereu, o Crucifixo foi devolvido
à Agripina.
Em 2024,
Nautilho fez uma viagem a Mocajuba levando o Crucifixo quebrado para um
carpinteiro fazer um nova Cruz e a afixar nela a imagem do Senhor morto.
Conforme o projeto de Nautilho: a nova cruz seria bem maior que a original, o
antigo braço da Cruz seria encravado dentro da madeira, no novo braço da nova
cruz, no lado vazio da cruz, como uma relíquia. O carpinteiro não fez a cruz,
mas mandou um empregado fazê-la, sem repassar a ele o projeto da nova arte. O
empregado fez uma cruz bastante chata e fina, e pregou a imagem como silicone
na madeira. E ainda jogou fora o antigo braço da cruz. Quando Guilherme e eu
fomos buscar o Crucifixo, eu falei ao empregado o meu descontentamento, não era
aquilo para fazer, o meu pedido não foi atendido. O trabalho não foi cobrado,
eu tomei de volta o crucifixo e disse que depois mandaria fazer o projeto
conforme queria. Na casa do seu irmão Nilton, onde Nautilho estava hospedado, a
imagem do Senhor morto descolou na cruz, para o silicone colava o material da
imagem.
Em Mocajuba
também existe uma marcenaria do senhor Nestor, onde trabalha o seu neto Gabriel,
filho da Marilza (filha da Francisca), prima legítima do Nautilho
Entre os
dias 7 a 12 de dezembro de 2024, Nautilho estava em Mocajuba. Ele solicitou ao
seu primo Gabriel um novo serviço no Crucifixo, conforme seu desejo. Mas desta
vez, pediu a confecção de uma cruz bem maior, um pouco desproporcional ao
tamanho da imagem do Senhor morto, de maneira proposital, a fim de mais proteger
a imagem. O antigo braço da cruz foi anexo no verso da cruz, na cava do novo
braço. Entretanto, Gabriel poliu a parte envelhecida do antigo braço da cruz,
sem consultar o Nautilho, que não se agradou do polimento, pois queria
conservar a antiga tinta envelhecida. Gabriel não cobrou pelo trabalho.
Nautilho foi buscar na marcenaria o crucifixo restaurado na manhã do dia
11/12/2024. Ainda deu tempo de mostrar a alguns parentes o crucifixo restaurado
com a nova Cruz. Na madrugada do dia seguinte, dia 12, Nautilho viajou de
Mocajuba para Belém, levando consigo o Crucifixo restaurado.
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