.jpg) | | Auta Amaral Freitas (nome de solteira, e Auta Amaral Tavares – nome de casada), nascida a 12/09/1912, é filha legítima de Custódia com seu primo Henrique Sacramento de Freitas (o "Abílio"). Sérgio a adotou como filha aos 6 anos de idade, quando tomou Custódia como esposa em união estável. Auta gerou Iracema, Guiomar e Eunice que geraram filhos, netos e bisnetos. |
Auta, aos 42 anos de idade. Fotografia original enviada como recordação ao seu irmão Nereu Rascón de Freitas a quem ela muito amava.
 Filha legítima de Custódia e filha adotiva de Sérgio: Auta Amaral Freitas, nome de solteira, e Auta Amaral Tavares, nome de casada com Eduardo Machado Tavares, nascida a 12/09/1912, é filha legítima de Henrique Sacramento de Freitas (o "Abílio") e Custódia de Freitas Nogueira, ambos primos, o primo engravidou a prima Custódia e geraram a Auta. Sérgio a adotou como filha aos 6 anos de idade, quando tomou Custódia como esposa em união estável. O município de Mocajuba e Cametá também foram colonizados por judeus, e até 2025 ainda existem nas duas cidades descendentes de judeus, que se tornaram católicos sem cultura judia. Antigas famílias judias se mudaram de Mocajuba para Belém. Auta tinha 9 anos de idade quando sua mãe Custódia foi a Belém e a entregou a um casal judeu, do seu conhecimento. Logo, Auta tinha 9 anos quando foi morar para Belém. Naquela família ela cresceu e se casou, saindo da casa depois do casamento. Auta contava que a senhora judia tinha uma “vila” de quartos que alugava quartos para solteiros. A vila era atrelada à casa. Conforme a informação de Auta, em Belém, a família judia morava na Rua Ó de Almeida, bairro Reduto, e da casa onde morava ia a pé para o então Matadouro Municipal “Curro Público”, o prédio construído em 1861 em arquitetura neoclássica para abrigar o primeiro matadouro da cidade, e inaugurado por Francisco Carlos Brusque, então presidente da Província do Pará. “Em 1991, foi restaurado e passou a sediar a Fundação Curro Velho: um núcleo de educação não-formal de artes e ofícios para estudantes de escolas públicas, populações de baixa renda e comunidades tradicionais (indígenas, ribeirinhos e quilombolas). Em 1991, foi restaurado e passou a sediar a Fundação Curro Velho: um núcleo de educação não-formal de artes e ofícios para estudantes de escolas públicas, populações de baixa renda e comunidades tradicionais (indígenas, ribeirinhos e quilombolas). O Curro Velho (antigo Matadouro Municipal) foi tombado como patrimônio cultural do estado do Pará, pelo DPHAC, em 17 de maio de 1984.” Fonte: Wikipédia. Auta saía a pé da casa onde morava indo dito matadouro para comprar carne, e também comparava verduras, frutas, carnes, peixes, temperos e outras coisas avulsas numa feira. O espaço entre a Rua Ó de Almeida e o Curro Velho é longo com cerca de três quilômetros, caminhando pela via da atual Avenida Pedro Álvares Cabral. Sabendo que a Rua Professor Nelson Ribeiro, paralela à Avenida Pedro Álvares Cabral, que passa na frente do Curro velho, não existia como rua, devia ser largo na frente do matadouro. Embora seja um espaço longo, dá para fazer o itinerário a pé, num tempo onde as pessoas caminhavam para lugares distantes com a finalidade de trabalhar, estudar e fazer compras. Da esquina da Avenida Presidente Vargas com a Rua Ó de Almeida para o Curro Velho mede cerca de três quilômetros e quatrocentos metros. Auta devia morar na Rua Ó de Almeida próximo à Avenida Visconde de Souza Franco. Auta era esperta, inteligente e prendada. Na família judia, recebeu boa educação, apendeu a arte do artesanato, da costura, da alto-costura a mão, do bordado e da confecção de flores e grinaldas. As roupas da Iracema e Guiomar eram costuradas à mão. Como foi dito, a senhora judia com a qual Auta morava em Belém, possuía uma vila de quartos que alugava para homens solteiros. Um dos rapazes que alugava um quarto era o Eduardo Machado Tavares, um jovem fotógrafo e fotojornalista, trabalhador no renomado jornal "A Província do Pará" e prestou serviço de fotojornalista para o jornal da época “Folha do Norte”. Na sede do jornal "A Província do Pará", ele preparava as fotografias para o jornal e as tintas para a impressão do jornal. Um homem chamado Luiz, trabalhava com ele na preparação do jornal. Como fotógrafo, ele trabalhava junto com o Manoel Carvalho, padrinho da Iracema. Na Avenida Presidente Varga, diante da Praça da República, havia no primeiro pavimento uma farmácia, e no segundo pavimento havia a empresa "Foto Carvalho" que era o estúdio fotográfico e o laboratório fotográfico de revelação de fotografias, pertencente ao Manoel Carvalho. Eduardo Machado Tavares também trabalhou ali, revelando suas fotografias. Manoel Pereira Tavares era o pai do Eduardo Machado Tavares, logo o avô paterno da Iracema; este Manoel levava a Iracema para passar o dia de domingo com a sua madrinha na "Foto Carvalho". A madrinha da Iracema a queria tê-la em casa, a morar com ela, mas a família da Iracema não quis que a mesma morasse com a sua madrinha. Raimundo Tavares, irmão do Eduardo Machado Tavares, também morava em quatro alugado, logo, os dois irmãos moravam na mesma vila de quartos. Auta e Eduardo se conheceram na casa da judia, se apaixonaram, se casaram no religioso e no civil. Foi a senhora judia que os fez casarem. O casal era feliz, e gerou duas filhas e um filho: 1- Iracema Tavares, nome de solteira, Iracema Tavares de França, nome de casada, nascida a 01/07/1930. 2- Guiomar Etelvina Tavares, nome de solteira, Guiomar Etelvina Tavares Rodriguez, nome de casada, nascida a 22/10/1931, às 00:01 h, registrada no dia 05/10/1957, livro AA14, às folhas 286v sob o nº 8439, ambas nasceram em Belém, Pará, no Hospital da Ordem Terceira (Maternidade da Ordem Terceira). Guiomar Etelvina é um nome duplo (dois nomes) para uma só pessoa, Etelvina é a avó paterna de Iracema e Guiomar. 3- Eduardo, chamado de “Eduardinho”, o terceiro filho que morreu em Capanema, Pará, com cerca de um ano de idade.  | Auta Amaral Tavares, com sua filha Iracema no colo, em 1931. |
Raimundo Tavares, irmão do Eduardo Machado Tavares, também logo se casou com a Astrogilda (Gilda). O casal gerou três filhos: Wilson, João e Wiliam. Eduardo Machado Tavares, filho de Manoel Pereira Tavares e Etelvina Machado Tavares, foi um fotografo renomado, confeccionava álbuns artesanais, com legendas nas fotografias escritas com suas próprias letras. Fotografou seus parentes e amigos, deixando álbuns e fotografias em preto e branco legendadas com a sua grafia. Por causa de sua profissão, fez muitas viagens fotografando lugares, fatos e pessoas, levando consigo o seu instrumento de trabalho: uma antiga e pesada câmera fotográfica, com cavalete. Fez várias viagens à cidade de Mocajuba, onde comprou um terreno na ponta de uma ilha, no Rio Tauarezinho, município de Mocajuba, para deixar de herança em favor de suas filhas Iracema e Guiomar. O terreno ficou sob a responsabilidade do seu irmão Raimundo Tavares, mas como este morava em Belém, quem tomava conta do terreno era o Nereu Rascon de Freitas, pois este morava em Mocajuba, tudo isto foi acordado verbalmente, sem procuração selada em cartório e sem prova material, entretanto se deu na prática. Devido ao uso dos produtos químicos para revelar as fotografias e para imprimir as folhas dos jornais diários, sem uso de proteção e sem máscara, inalou as químicas vindo a sofrer câncer no pulmão. Naquele tempo medicina ainda não era tão evoluída, e havia crendices misturado à medicina, tratamento não comprovados cientificamente e coisas absurdas no tratamento. Em Belém, acreditava-se que o leite natural da vaca ajudava no tratamento da cura do câncer do pulmão, e o lesado pelo dito câncer precisa tomar bastante leite de vaca. O médico que tratava do câncer no Eduardo o recomendou a ir morar para a cidade de Capanema, Pará, onde havia muita produção de leite de vaca natural. Eduardo mudou-se com a família para a cidade de Capanema. Todas as manhãs, Auta comprava bastante leite para dar de beber ao esposo. Em Capanema, Eduardo continuou trabalhando como fotógrafo e revelando fotografias. O terceiro filho do casal, o Eduardo, chamado de “Eduardinho”, morreu com cerca de um ano de idade, e foi sepultado em Capanema. Eduardo teve piora no câncer vindo a óbito naquela cidade no dia 26 de agosto de 1931, aos 33 anos de idade. Seu corpo foi sepultado em Capanema, onde o corpo do seu filho já estava sepultado. Iracema afirmou que ela tinha e anos de idade quando seu pai Eduardo morreu.  | | Eduardo Machado Tavares, o pai da Iracema, morreu devido a infecção química. |
Sobre o jornal: Folha do Norte, que existiu entre os anos 1896-1974.
“Jornal de circulação diária, independente, noticioso, política e literário. Fundado por Enéas Martins, Cipriano Santos e outros, tendo por objetivo principal lutar pelo desenvolvimento político e social da região combatendo e política de Antônio Lemos, na época proprietário do jornal "A Província do Para", e defendendo o Partido Republicano Federal, chefiado por Lauro Sodré e depois por Paes de Carvalho. Enéas Martins, proprietário e diretor, vítima de perseguições políticas transferiu-se para Manaus, assumiu a direção Cipriano Santos que muda as instalações do jornal da Praça da Independência, hoje Avenida Portugal, para a Rua da Indústria, atual Rua Gaspar Viana, esquina com a Travessa 01 de Março, endereço onde funciona atualmente o jornal "O Liberal". Após 4 anos de ausência, Enéas Martins volta a Belém e toma posse como governador em 01 de fevereiro de 1914, sua primeira atitude como governador foi vender o jornal "Folha do Norte" para Cipriano Santos. Com a saída de Enéas Martins, sobe ao poder, em 1917, Lauro Sodré que beneficiou Cipriano Santos, que se elege Senador Estadual e Intendente Municipal de Belém, passando para Paulo Maranhão, o revisor de provas, a propriedade da "Folha do Norte". Paulo Maranhão muda a linha política do jornal, e o dirige até a sua morte em 17 abril de 1966, tendo dedicado 71 anos de sua vida a "Folha do Norte". Em seguida, assume a direção, seu filho, Clovis Maranhão. Em 27 de junho de 1973, Romulo Maiorana adquire o jornal, dando nova estrutura e feição jornalística, permitindo que circulasse por mais um ano, para em seguida, em 1974, tira-lo de circulação. Tem-se notícia de que a 29 de dezembro de 1979, o jornal "Folha do Norte" começou a circular em Santarém, como publicação semanal", cf/ref.”
Viúva, Auta voltou de Capanema para Belém, e passando necessidades com as duas crianças meninas, entregou a Iracema e a Guiomar aos cuidados do seu cunhado, Raimundo Tavares. Raimundo Tavares era irmão do Eduardo Machado Tavares, cunhado da Auta e tio da Iracema e Guiomar, casado com a senhora Astrogilda (Gilda), morando de aluguel na Rua Boaventura da Silva, entre a Avenida Alcindo Cacela e a Travessa 14 de Março. Astrogilda era uma “professora normalista”, expressão da Iracema. (Uma professora normalista é uma professora formada pelo Curso Normal, uma formação de nível médio que habilita para lecionar na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental). Depois eles foram morar de aluguel na Avenida Comandante Brás de Aguiar, bairro Nazaré. Foi desta casa, na Avenida Comandante Brás de Aguiar, que Guiomar saiu para morar com outra família, quando já namorava o rapaz que foi seu esposo, e de onde Iracema saiu para fundar uma família. Sim, Auta deixou as duas crianças Iracema e Guiomar, morando na casa do seu ex cunhado Raimundo Tavares, e voltou para Mocajuba, possivelmente para trabalhar na casa de uma família do seu conhecimento. Em Mocajuba, Auta procurou por Sérgio Rascón Martínez, que possuía terrenos com plantação de cacau, e em tempo de colheita, contratava pessoas para colher os frutos, quebrar as cascas do cacau tirando as sementes, extrair o suco do cacau, secar as sementes e a fazer chocolate artesanal, doce de cacau e sabão de cacau. Sérgio mandava chamar a Auta para administrar a colheita do cacau e todos os serviços avulsos citados. Auta chamava outras mulheres contratadas para ajudá-la para quebrar as cascas do cacau, extrair as sementes das cascas e extrair o suco de cacau. Auta colocava as sementes de cacau nas esteiras de Esteiras de palha para secar ao sol. Auta viajava da cidade de Mocajuba para a localidade Tauaré, onde Sérgio morava, para trabalhar. Auta amava seu meio irmão materno Nereu Rascon de Freitas, filho do Sérgio. Por sua vez, Sérgio desconfiava do próprio filho Nereu, por ser muito namorador, e podia desviar a renda do cacau para gastar com mulheres ou dar dinheiro às mulheres. Não era escassez, mas evitar gastança fútil, leviana e irresponsável com mulheres espertas e interesseiras, como um filho pródigo que gasta os bens da família antes da morte do pai. Na cidade de Mocajuba, Auta namorou e casou com Tomás, natural de Mocajuba, um homem negro, que segundo a Iracema, era filho de uma ex escrava por nome Basília, conhecida como “Vó Preta” (Vó, de vovó). O casal tinha casa própria em Mocajuba, um belo casarão de madeira avarandado. Auta engravidou do segundo esposo Tomás dando luz uma menina por nome Eunice. Eunice ainda era bebê de colo, quando, Auta mandou buscar suas duas filhas em Belém, Iracema e Guiomar, para morar com ela em Mocajuba. Iracema ainda completaria oito anos de idade, e Guiomar ainda faria seis anos de idade e faria sete anos, quando foram morar para Mocajuba. A família paterna da Iracema não era pobre, e alguns de seus antepassados foram nobres, entretanto, ninguém ajuda ninguém, quem tinha mais dinheiro não ajudava o pobre na família. Os navios “Tuchaua” e “Almeirim” pertenciam à família paterna de Iracema, fazendo linha de viagem entre Belém e Mocajuba. Iracema e Guiomar viagem de Belém para Mocajuba no barco “Almeirim”. Depois da Eunice, Auta e Tomás geram um menino que morreu criança, com cerca de um ano de idade, sepultado em Mocajuba. Iracema não lembrou o seu nome. Em Mocajuba, Auta com o seu segundo esposo e as filhas Iracema, Guiomar, Eunice e o menino que nasceu por último moravam numa casa situada na “Segunda Rua” que ainda não tinha nome, é a atual Rua João Alfredo que passa por trás da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Tudo era muito primitivo. No lado da cidade onde moravam, havia apenas duas, a “Rua da Frente” e a “Segunda Rua”, mas eram nomes genéricos das ruas ainda sem nomes. A “Segunda Rua” era a paralela à “Rua da “Frente”. A “Rua da Frente” é a que fica na orla marítima da cidade, à beira do Rio Tocantins, a atual Rua Getúlio Vargas, rua arborizada com mangueiras na orla da cidade. Eles moravam perto do antigo quartel, a frente da casa ficava na direção do quartel. Segundo a Iracema: “A gente morava na segunda rua, entre duas igrejas, a Igreja do Rosário e a Igreja Nossa Senhora da Conceição, perto da rua do quartel”. No lado direito da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição está a Travessa 7 de Setembro, paralela a esta está a Travessa Lauro Sodré, paralela a esta está a Travessa Teófilo Otoni, paralela a esta está a Travessa do Quartel, e paralela a esta está a Travessa Casimiro Ramos, que dá acesso à Igreja Nossa Senhora do Rosário, no bairro Arraial. São quarteirões pequenos, e tudo é muito perto ali. De fato, no tempo em que Iracema, Guiomar e Eunice moraram em Mocajuba, havia um quartel situado na rua que depois foi denominada Rua do Quartel, é uma pequena rua. Conforme a lembrança da Iracema: Mocajuba era uma cidade farta de frutas, açaí, peixes, camarão e criação de animais, havia muito açaí. As ruas de Mocajuba não eram calçadas e os cavalos eram usados como transportes. Em tempo das procissões do Círio de Nossa Senhora da Conceição, do Círio de Nossa Senhora do Rosário e do Corpus Christi, Auta, como boa artesã, ela passava a noite ornando a rua na frente de sua casa com plantas ornamentais, crotons, galhos de árvores, relvas, matos, flores, cascas de arroz pilados, serragens de madeira, areia, papel, tinta e bandeirinhas, e também verdadeiros tapete artísticos com desenhos religiosos no chão da rua, para as procissões religiosas passarem por cima pela manhã. Iracema fez a primeira comunhão na Igreja Matriz de Mocajuba. Auta usou da técnica da alta-costura para confeccionar e bordar o vestido da primeira eucaristia da Iracema. Naquele tempo, no Brasil, a prefeitura ainda era chamada de Intendência, e o administrador municipal era chamado de intendente que existiu até 1930, quando surgiu a figura do prefeito. Em Mocajuba, na metade do prédio da Intendência funcionava a própria intendência e na outra metade funcionava uma escola onde Iracema estudou até a quinta série primária. Por motivo de muita carência primitiva, quem conseguia cursar até a quinta série primária, já podia ser professor de escola nas regiões muitos carentes de professores. As religiosas vicentinas, Filhas da Caridade, estavam chegando em Mocajuba, e ainda não havia o colégio religioso regido por elas. Eis porque Iracema nunca estudou em escola regida pelas religiosas em Mocajuba. Em tempo de colheita de cacau, Auta partia para a localidade Tauaré, indo trabalhar nas terras de Sérgio Rascón Martínez, levando consigo a Iracema, Guiomar e Eunice que conheceram o Sérgio leproso. Quando vivo, possivelmente o menino de colo também ia com elas. Iracema conheceu a mulher cuidadora que cuidava do Sérgio e do seu alimento. O casal português, pais de Francisco Bellarmino, de Melo, português, o primeiro esposo de Sophia de Freitas Nogueira, filha do espanhol Sérgio Rascón Martínez, e irmã do Nereu Rascon de Freitas, tinha uma casa em Belém. O casal português gostava da Auta e a tratava bem. Naquele tempo, Olívia e Francisco, filhos da Sophia, irmã do Nereu Rascón de Freitas, moravam em Belém, na Avenida Serzedelo Corrêa, na casa de seus avós paternos que eram portugueses. Quando Olívia casou, foi morar na Avenida Conselheiro Furtado, próximo à Rua dos Mundurucus. Por motivo de estudo e melhor vida, Auta preferiu que suas duas filhas do primeiro casamento, Iracema e Guiomar voltassem a morar na casa do Raimundo Tavares, irmão do seu primeiro falecido esposo Eduardo. De Mocajuba, Iracema e Guiomar voltaram para Belém em duas viagens distintas. Iracema afirma que a Guiomar foi primeiro para Belém, quando tinha 10 anos de idade. Em Belém, nas duas viagens, se hospedaram na casa do casal português, os avós da Olívia e Francisco, que eram os pais do primeiro esposo da Sophia. Em Belém, Guiomar foi morar com uma família conhecida da Auta. Depois disso, foi a vez da Iracema ser levada de volta a Belém, com 11 anos de idade. Auta foi buscar a Guiomar na casa da família onde ela morava. A própria Auta levou as duas filhas de Mocajuba para Belém, em datas diferentes. Auta chegou de Mocajuba e se hospedou na casa do casal português, onde jantou e pernoitou. No dia seguinte, Auta foi para a casa do seu ex cunhado, Raimundo Tavares, para lhe entregar as suas filhas Iracema e Guiomar. Iracema afirmou que a Eunice ainda era bebê de colo quando voltou para Belém. Naquele tempo as crianças mamavam até aos dois anos de idade. A saber: As duas viagens foram feitas de Mocajuba para Belém no barco Mário Bentes, de propriedade do Senhor Francisco Seguin Dias, foram feitas sob a responsabilidade de Nereu Rascon de Freitas, filho do Sérgio Rascón Martínez, que era marítimo. Nereu trabalhava no barco Mário Bentes como piloto. Em Belém, Iracema e Guiomar foram entregues aos cuidados do Senhor Raimundo Tavares, tio delas, irmão do falecido pai delas, que morava de aluguel na Rua Boaventura da Silva, e depois na Avenida Comandante Brás de Aguiar, bairro Nazaré (entre a Travessa Benjamin Constant e a Travessa Dr. Moraes), depois um edifício foi erguido no lugar daquela casa. Guiomar fez a primeira comunhão na Basílica de Nazaré, Belém. O primeiro filho da Astrogilda, médico, casou com Rosilda Barroso, da família Barroso, uma mulher muito boa para a Iracema. Tomás, o segundo esposo de Auta, morreu em Mocajuba. Auta e Eunice continuaram morando no casarão. Eunice se casou com o jovem Elias aos quinze anos de idade, com um rapaz natural de Belém. Quando Eunice completou dezessete anos de idade, seu esposo Elias a trouxe para morar em Belém, e Auta veio com eles a morar em Belém. Auta e Eunice voltaram a Mocajuba, venderam o casarão e repartiram entre elas o dinheiro da venda da casa. A casa era do pai da Eunice, Tomás. Eunice voltou para junto do seu marido Elias na Rua Jabatiteua, em Belém. Auta permaneceu trabalhando em Mocajuba, namorou outra vez e teve um terceiro marido, cujo nome foi esquecido. Seu terceiro marido a levou para morar na cidade de Cametá, vizinha a Mocajuba, onde Auta engravidou. Grávida do terceiro marido, Auta visitou as filhas em Belém. Voltando a Cametá, Auta morreu no hospital com a criança dentro do útero materno. A causa da morte foi albumina. Segundo a informação clínica, ela morreu primeiro que a criança, ou seja, a criança ainda estava viva dentro dela quando ela morreu. A criança era um menino. O terceiro esposo do Auta enviou um urgente telegrama para a Iracema em Belém, avisando sobre a sua morte. Iracema abriu o telegrama, leu a mensagem, exclamou; "Ai, meu Deus", e chorou muito. Segundo a Iracema, o telegrama chegou às 20 h em Belém. Auta foi velada e sepultada grávida com a criança morta dentro dela, sepultada em Cametá. Auta morreu em 26 de agosto de 1954. Depois disso, o viúvo terceiro marido da Auta foi a Belém visitar a Iracema e Guiomar. Iracema e Guiomar ainda moravam na Avenida Comandante Brás de Aguiar, quando Auta morreu. Depois de sua morte, Iracema e Guiomar continuaram morando na casa do Raimundo Tavares, tio delas. Observação: Eduardo Machado Tavares, primeiro esposo da Auta, morreu no dia 26 de agosto de 1931. Auta morreu em 26 de agosto de 1954. Ambos morreram no mesmo dia e no mesmo mês, mas em anos diferentes. Em Belém, Eunice e Elias geraram três filhas, netos e bisnetos. Elias adoeceu e morreu. Até o ano de 2025, ainda estava viva até 2025, morando em Outeiro, um distrito de Belém. Eunice passou uns tempos na cidade de Bagre na casa da sua tia Maria, a cega. Adriana, filha da Eunice, morou com a sua tia Maria, a cega, cuidando da mesma tia. São palavras do Albino, filho do Teodomiro (o "Dodó") ao seu primo Nautilho: "“A Eunice eu a conheci, inclusive quando
fomos morar em Icoaraci. Ela morava pertinho e eu ia levar lanche para o marido
dela no matadouro do Maguari, que ficava perto de nossas casas.” “Depois ela
veio morar em Bagre, bem no lado de casa, eu tinha casado.” “Depois que ela foi
de Bagre, nunca mais eu a vi”. “A Guiomar, que faleceu recentemente, nós
moramos perto da casa dela em Belém, eu devia ter uns 8 anos na época, mas eu
lembro que sempre íamos lá.” Sophia era filha do Sérgio Rascón Martínez, irmã do Nereu. Iracema voltou várias vezes em Mocajuba, levada pela sua tia Sophia, quando Sophia visitava seu pai Sérgio. Sophia gostava muito da Iracema, e ambas se visitavam muito até o dia em Sophia morreu, e foi isto que influenciou a filha da Sophia, Nilze de Fátima, a visitar a Iracema, Guiomar e Eunice até o dia em que morreu. Elas sempre se visitavam. Nilze de Fátima levava bolo para a Iracema no dia do seu aniversário. Ainda depois da cirurgia cardíaca, Nilze de Fátima continuava visitando a Guiomar e a levava para passear. Por motivo de estudo, Iolanda, filha da Isaura (irmã da Auta, Nereu, Maria – a cega - e Teodomiro, morou na casa da Iracema. Maria Anunciação Freitas da Costa, a Nete, filha da Maria, a cega, levou a Guiomar para a cidade de Bagre. Cesarina, filha da Iracema, levava a sua tia Guiomar para viajar e passear em muitos lugares, fatos registrados em muitas fotografias. A Iracema e o seu tio Teodomiro (o “Dodó”, irmão da Auta, Nereu, Isaura, Maria – a cega) são padrinhos de batismo da Luíza, filha da Guiomar. Quando Teodomiro estava idoso e doente no hospital em Belém, antes de morrer, Luíza foi visitá-lo. Teodomiro foi levado para Bagre onde morreu e foi sepultado. Iracema fez o curso de corte e costura por correspondência. Rosilda Barroso, esposa do seu primo, era a responsável de fazer as correspondências do curso de costura da Iracema, pois o seu irmão, o Sr. Barroso (o “Barrozinho”), trabalhava nos Correios. Iracema se tornou costureira e artesã assim como foram a sua mãe Auta e sua tia Sophia, confeccionando roupas, bordados, flores e outros artesanatos. Havia duas maquinas de costura na casa onde Iracema morava, e uma das máquinas pertenceu à sua falecida avó paterna. Iracema aprendeu a arte do bobado virando fornecedora de produtos bordados para variados tipos de fregueses. Guiomar já namorava quando saiu da casa do seu tio Raimundo Tavares, para morar com outra família onde trabalhava, ela tinha 19 anos, e já ia completar 20 anos de idade. Guiomar ficou noiva e disse à sua irmã Iracema que não tinha vestido de noiva. Iracema foi à casa da Sophia lhe pedir confeccionar o vestido de noiva de Guiomar. Sophia disse que doaria o vestido de noiva e pediu para a Iracema comprar e doar apenas o sapato de noiva, e assim foi feito. A coroa e o buquê de noiva foram confeccionados por uma amiga da Iracema, a pedido desta. Sophia confeccionou o vestido de noiva com retalho de pano que possuía e sua casa. Sophia costurava vestido de noiva, paletó, terno, gravata e roupas social para todas as classes sociais. Ela dominava a arte da alta-costura. Devido às muitas costuras e aos retalhos de panos que guardava em casa, confeccionou um lindo vestido artístico de noiva para Guiomar casar. Guiomar se casou com seu namorado, o senhor Manoel Albuquerque Rodriguez, conhecido pelo apelido “Vicente”. Iracema aludiu que Guiomar tinha 21 anos de idade quando casou. Guiomar e Manoel geraram sete filhos: Katia, Lúcia de Fátima, Maria do Socorro, Jorge, Manoel Albuquerque Rodrigues Filho, Israel e Luiza. Katia morreu criança. Lúcia de Fátima casou, gerou filhos e morreu. Jorge também morreu. Guiomar se casou com um homem que já tinha outros filhos com a sua primeira esposa falecida, conhecidos como Benedita (a primogênita, conhecida como “Biló”, casada com o Lázaro), a “Lelé” (apelido), o Francisco, o Pedro e a Joana que era a menor. Lázaro e Iracema foram as testemunhas do casamento da Guiomar. Benedita, a "Biló" é madrinha de batismo do Mário, filho da Iracema. A “Lelé” é a mãe do Nelsinho Rodrigues, um cantor cultural paraense que canta brega, um estilo de música cultural paraense. Ele usa chapéu. Eis porque o cantor Nelsinho Rodrigues foi ao velório da Guiomar e tirou o chapéu. Guiomar criou os três menores filhos do marido, como também seus filhos. Francisco, Pedro e Joana, os três últimos filhos da primeira união do esposo da Guiomar, foram criados pela Guiomar, ajudando o marido a criá-los. O esposo de Guiomar comprou um terreno próprio na Travessa Apinagés, bairro do Condor, Belém, onde a família foi morar. A propriedade pertence à família até 2025, data da atualização da história familiar. Guiomar com a sua família matrimonial e a Iracema também com a sua família matrimonial formam morar na Travessa Apinagés, bairro do Condor, Belém. A casa da Iracema ficava quase na frente da casa da Guiomar, no outro lado da rua, onde em 2025 funcionava uma casa de eventos. Iracema morou em vários endereços, chegando a morar na Travessa Apinagés (diante da casa da Guiomar, foi a Guiomar que conseguiu esta casa para alugar em favor de sua irmã Iracema), na Rua Lauro Malcher (Condor), na Travessa Tupinambás (entre a Rua Lauro Malcher e a Rua Gaiapós, bairro Jurunas), na Vila Santo Antônio - no bairro do Juruna, na Passagem Nazaré (cerca de dois anos) no Conjunto Jardim América, no bairro Terra Firme, no Conjunto Cidade Nova 77 (casa própria, Ananindeua), no Conjunto Cidade Nova 3 (casa própria, Ananindeua), na casa do seu filho Mário (Ananindeua) e depois passou a morar na Rua Santa Maria, 77, Casa 1 - Icuí-Guajará, Ananindeua - PA, casa própria, até a presente data, 2025, quando fez 31 anos morando naquela casa. Guiomar aprendeu a arte da costura, confeccionava flores. Foi catequista, decoradora de igreja e cozinhava para sacerdotes e fazia doces. Guiomar Etelvina Tavares, nascida em 22/10/1931, tornou-se a paroquiana mais velha da Paróquia Santuário São Judas Tadeu – Belém. Ela colheu e ajudou o primeiro sacerdote que foi trabalhar naquela paróquia. São Judas Tadeu é a 18° paróquia da Arquidiocese, criada em 6 de janeiro de 1956 pelo 6° Arcebispo de Belém, Dom Mário de Miranda Villas-Boas. Atualmente tem como pároco Padre Rafael da Costa Brito e como Vigário Padre Fábio Giovanni Martins Jacob de Carvalho. “A Paróquia São Judas Tadeu está localizada na Avenida Alcindo Cacela, no bairro Condor, em Belém do Pará. Foi fundada em 1950, com o intuito de atender à crescente devoção do povo belenense a São Judas Tadeu, santo conhecido por interceder em causas impossíveis. Em 1972, a paróquia foi oficialmente constituída e, em 1997, foi elevada à categoria de Santuário Arquidiocesano, tornando-se um importante centro de fé e devoção. O Santuário é especialmente visitado no dia 28 de outubro, quando celebra a festa de seu padroeiro, e realiza diversas ações pastorais em favor da comunidade local. Endereço: Paróquia São Judas Tadeu – Avenida Alcindo Cacela – Condor, Belém – PA, Brasil.” Fonte: Guiomar ajudou em todas as construções da igreja, da casa paroquial e das áreas pastorais daquela paróquia. Uma das fundadoras da paróquia. E devido as necessidades pastorais, durante sua caminhada na igreja, pertenceu a todos os movimentos e pastorais na sua paróquia, servindo a Igreja em todas as áreas de evangelização. Também foi membro da Legião de Maria e do Apostolado da Oração. Trabalhava na área de caridade com os idosos. Vivia em reuniões paroquias e em oração com os irmãos paroquianos. Cristã de grande piedade cristã, piedosa, fervorosa, mariana e caridosa. Tinha muitos méritos diante de Deus. Atuou assiduamente na sua paróquia até o dia em que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), que a deixei impossibilitada de andar e falar, e veio a óbito dias depois. Nautilho, primo de primeiro grau da Iracema, Guiomar e Eunice, filho do Nereu Rascón de Freitas (irmão da Auta), é o historiador da família. No dia 20/07/2025, domingo, Cesarina avisou o Nautilho, que a Guiomar sofreu um AVC e foi internada. De antemão, a levaram para a emergência no hospital Pronto Socorro, e somente no dia 22/07/2025, terça-feira, foi transferida para o Hospital da Ordem Terceira em Belém. No dia 24/07/2025, quinta-feira, Socorro, filha da Guiomar, disse a Nautilho que a Guiomar já estava bem melhor e poderia receber alta hospitalar no dia seguinte. Mas, no mesmo dia, Guiomar teve um novo AVC e foi ao estado de coma, precisando receber a sonda alimentar para sobreviver. No dia 25.07.2025, sexta-feira, à tarde, Nautilho visitou sua prima Guiomar no Hospital da Ordem Terceira - Belém – Pará, onde ela estava internada, se alimentando por sonda. Guiomar melhora e piorava no hospital, e quando piorava toda a família era visada que ela podia não amanhecer viva, até que recebeu uma boa melhora e voltou para a casa no dia 27/08/2025, onde recebeu a visita dos familiares. No dia 31.08.2025, domingo, Nautilho visitou sua prima Guiomar em sua casa. Ela estava lúcida, mas se alimentava por sonda nasal. No dia 11/09/2025, Guiomar teve uma recaída grave e foi internada no hospital Pronto Socorro (Travessa 14 de Março, 500 - Umarizal, Belém), onde ficou internada em estado crítico. No dia 12/09/2025, à tarde, os filhos da Guiomar avisaram a família que ela poderia morrer a qualquer hora. Às 22:13 h, via WhatsApp, a prima Cesarina, filha da Iracema, avisou o Nautilho sobre o falecimento da Guiomar, ela morreu no hospital Pronto Socorro. Morreu aos 93 anos de idade, completaria 94 anos no dia 22/10/2025, a família comemoraria o seu aniversário. Sepultamento do corpo da Guiomar e o aniversário de sua filha Luiza. No dia 13/09/2025, sábado. Pela manhã, parentes, amigos familiares e paroquianos se reuniram na casa da Guiomar (Travessa Apinagés, 2054, entre a Rua Lauro Malcher e a Rua Gaiapós. Bairro: Condor). Em vida, Guiomar pedia para morrer e ser velada na sua casa, e que o seu cortejo fúnebre saísse de sua casa para o cemitério. Ela morreu no hospital, mas seus filhos atenderam os outros pedidos, seu corpo foi velado sem sua casa. Um diácono da Paróquia Santuário São Judas Tadeu ministrou as exéquias, e resumiu a história da atuação e obas da Guiomar na dita paróquia. O pároco Padre Rafael da Costa Brito chegou ao velório na hora em que o diácono ministrava as exéquias. Padre Rafael também fez um resumo da vida e das obras de Guiomar na paróquia. Às 10:54 h deu-se o início do cortejo fúnebre para o Cemitério São Jorge (Rua da Mata, S/N - Marambaia, Belém). O corpo de Guiomar foi sepultado às 11:56 h. o cortejo foi formado por ônibus, carros e motocicletas. Depois do sepultamento, os carros e as motocicletas se dispersaram. Um ônibus com alguns familiares e alguns amigos seguiu de volta para a casa da Guiomar. Era o aniversário de nascimento da Luiza, filha da Guiomar. Somente quando os familiares e alguns amigos chegaram na casa da Guiomar, bateram os parabéns pelo aniversário da prima Luiza. No dia 18/09/2025, às 18 h, no Santuário São Judas Tadeu, foi celebrada a missa do sétimo dia do falecimento da Guiomar, presidida pelo pároco Padre Rafael da Costa Brito, que resumiu a história pastoral de Guiomar naquela paróquia, desde antes da fundação da paróquia, quando ela recebeu o primeiro sacerdote. Depois da missa, Nilva e Nautilho, filhos do Nereu, e a Nilzete, filha da Nilva, foram com os primos para a casa da falecida Guiomar, para um momento de fraternidade familiar, onde foi revisto as fotografias antigas da família.
Ainda sobre a Iracema. Iracema ainda morava com seu tio Raimundo Tavares, quando conheceu o seu futuro esposo Mário Cabral de França (nascimento: 19/06/1928; falecimento: 25/12/2018), formado no Colégio Santa Maria de Belém (Rua dos Mundurucus, entre Travessa dos Apinagés e Travessa Padre Eutíquio, 1624 - Batista Campos, Belém). Mário Cabral de França e Iracema casaram no civil e religioso e geraram um casal de filhos: Ana Cesarina Tavares de França, nascida em 27/07/1965, e Mário César Tavares de França, nascido em 13/11/1966. Na verdade, Iracema e Mário viveram primeiro em união estável e depois se casaram no religioso e no civil. Mário Cabral de França era “barbeiro” (cabeleireiro) e músico profissional, inclusive tocava em orquestra sinfônica. Antes do casamento com Iracema, Mário já tinha três filhas (Mariete, a primeira filha, Ana, a segunda filha, e Carmem França Oliveira, a menor) e um filho do primeiro casamento com sua falecida esposa. O filho era deficiente e morreu depois do falecimento de sua mãe. As três filhas de Mário vieram a gostar muito da Iracema. Mariete e Ana moram na cidade de Marabá, Pará. Carmem França Oliveira, nascida a 23/09/1960, é a filha menor do primeiro casamento do Mário, seu esposo a levou para morar em Brasília, a capital do Brasil. Mário e Iracema a visitavam em Brasília. Carmem gerou três filhos: dois homens e uma mulher que mora no Canadá. Carmem visita sua filha no Canadá.
 Na foto: Fotografia de Iracema e Cesarina, quando criança, andando na estiva, atravessando a ponte no Gaiapó, que hoje é uma rua. Iracema ia com a cesariana no Tales comprar comida, e o Mário ficava dormindo. O sentido de estivas neste contexto: Construção - No sentido figurado, "estivas" pode ser um conjunto de varas ou paus usados para formar um leito ou esteira num terreno acidentado, facilitando a passagem de pessoas e animais. Na legenda da foto no jornal: “Mais uma contribuição da Vespertina à Campanha de Saneamento da Cidade: Este é um aspecto da Passagem Caiapó, quase esquina da Padre Eutíquio com Alcindo Cacela. Quando chove forte transforme-se numa lagoa, com perigo de vida para as crianças que atravessam as estivas apodrecidas. Quando não chove restam as poças de lama e o capinzal exalando insuportável mau-cheiro. Se há "aedes aegypti” em Belém, não tenham dúvida às autoridades do DNERu que a Passagem Caiapó é um dos locais preferidos para o seu "habitat". A população, justamente alarmada com os anúncios de febre amarela, reclama urgente trabalho de aterro e outras providências....”
Iracema confeccionava bobados em toalhas de banho e de mesa, tolhas de banho para alunos de colégios, lençóis, cortinas, guardanapos, roupas, etc.... a pedidos dos fregueses e mais especificamente para uma senhora por nome Fátima, esposa de um empresário chamado José, que enviava os objetos bordados, de maneira volumosa, como presentes aos seus familiares no Rio de Janeiro. Iracema era um produtora e fornecedora de bordados para a senhora Fátima morava na Travessa Lomas Valentinas entre a Avenida Marquês de Erval, com a Avenida Visconde de Inhaúma. No tempo em que o Teodomiro ("Dodó") com a sua primeira esposa, Júlia Oliveira de Freitas, e foi morar no bairro do Jurunas, próximo à casa onde Iracema morava, e ele visitava todos os dias a Iracema. Depois, Teodomiro ("Dodó") foi morar em Icoaraci, um distrito de Belém. Em Icoaraci havia uma fábrica de tecelagem, que fabricava sacos de fibras. Iracema morava com os filhos em Belém. Teodomiro convenceu Iracema para trabalhar na fábrica de tecelagem "Pedro Carneiro" em Icoaraci. (A empresa com a razão social Pedro Carneiro S a Industria e Comercio, fundada em 12/09/1966). Iracema aceitou o novo emprego, mas precisava entrar na fábrica às 6 h da manhã. No primeiro dia em que Iracema precisou trabalhar, dormiu na casa do seu tio Teodomiro ("Dodó"), pois ele a levaria ao portão da fábrica de tecelagem. Devido a este trabalho, Iracema e os dois filhos crianças, Mário e Cesarina, foram morar na casa da Eunice em Icoaraci. Foi daí que nasceu a grande amizade entre Eunice e Cesarina. A família da Iracema se dividiu, pois o seu esposo Mário permaneceu morando em Belém, dando assistência direta à Iracema e aos filhos em Icoaraci, também fornecendo dinheiro e mantimentos a eles. Por motivo do seu trabalho, ele não dormia em Icoaraci, mas visitava os filhos todas as noites. Evitando o aluguel em Belém, nos dias em que Iracema morava com os filhos em Icoaraci, Mário morou na casa do seu irmão Zelito, no bairro do Guamá, Belém. Iracema pagava uma mulher para tomar conta de seus filhos, enquanto trabalhava. Iracema foi uma boa e produtiva funcionária na fábrica de tecelagem, ganhando a confiança dos superiores, mas a sua situação familiar estava difícil. Ela estava sem tempo para a família. Ela queria voltar a morar com os filhos em casa alugada em Belém. Então pediu a demissão do trabalho. Os superiores da empresa não queriam demiti-la e pediam para ela permanecer no trabalho, pois era muito responsável, organizadora e produtiva. Iracema insistiu na demissão e foi demitida contra a vontade de seus superiores, e voltou a morar em casa alugada em Belém. Ela trabalhou nove meses naquela fábrica. Um homem vizinho da Iracema trabalhava num antigo colégio particular, chamado "Ciências e Letras". Iracema disse ao dito vizinho que queria trabalhar, e lhe perguntou de havia no dito colégio alguma "vaga" de trabalho: "Tem alguma vaga de trabalho lá?". Ele respondeu: "Não tem, mas quando tiver, lhe direi". No dia seguinte, o dito vizinho bateu na porta da Iracema, a anunciou a ela: "Vizinha, vá falar com a diretora do colégio". Iracema exultou de alegria, e disse: "Que coisa! Que felicidade!". Iracema foi falar com a proprietária/diretora sendo contratada por ela, como inspetora, vindo a ser uma boa funcionária prestativa, ganhando a confiança da diretora para todos os efeitos. Embora sendo inspetora, Iracema trabalhava em todas as coisas, até como servente, desvio de trabalho. Quando a proprietária/diretora viajava, deixava o colégio entregue à Iracema, desde a chave do portão da rua ao seu escritório pessoal, e somente a Iracema tinha a autorização de entrar no seu escritório particular. Na hora do "recreio", Iracema tocava a "campa" para os alunos merendarem. Iracema saía de casa às 6 h da manhã para abrir o colégio. Ela trabalhou de 1971 a 1981 naquele extinto colégio. A proprietária/diretora já estava idosa, doente e cansada de trabalhar, aproximando-se dos 90 anos de idade, resolveu fechar o colégio. A proprietária herdou o colégio de sua mãe quando esta veio a falecer, e a filha da proprietária herdeira não quis levar o funcionamento do colégio adiante, então precisou ser fechado. Iracema e a proprietária foram as duas últimas pessoas a trabalharem no extinto colégio. Quando as provas de uma sala eram concluídas, a classe e a sala se fechavam. A proprietária disse à Iracema quando a instituição se desmoronava: “Olha Iracema, nós duas vamos fechar a porta (do colégio).” As duas desceram juntas a escadaria e foram embora. Quando a proprietária faleceu, seu esposo viúvo levou o aviso à Iracema, e também o aviso da missa do sétimo dia de falecimento. Enquete no Facebook “Belém Nostalgia”:
“Alguém lembra do Colégio Ciências e Letras que ficava na Manoel Barata próximo a 7 de setembro?”
“Lembro deste colégio que também ficava próximo ao Fênix Caixeiral Paraense, este Padre Eutíquio entre Manoel Barata e Praça da Bandeira” Fonte: Luiz Otavio Valente Da Silva Valente (Facebook).
“Sim. Estudei lá... 1 e 2 anos ginásio...ano 1962 a 1963....Diretora Maria de Nazaré Sousa. Lembro do professor Sábado e Professor Manoel.” Fonte: Maria de Nazaré Maciel Fontoura (Facebook).
“Estudei o Científico no Colégio Ciências e Letras nos anos 77/78 e 79. Saudades dos professores Roberto (educação física), Cidon (matemática), Haroldo (história), Luis (física), Nogueira, Feio, Leandro e muitos outros. Saudades dos colegas de classe, Fio, Rei, Celinha, Eline, Socorro, Tertuliano Adalberto, Bosco, Moutinho, Robinho, Fiusa e muitos outros.... Gostava de jogar futsal na pequena quadra eu era goleiro e disputei os jogos Ciência nos três anos que lá estudei. Seria tão bom se pudéssemos criar um grupo no WhatsApp. CIENCIANOS e poder compartilhar informações dos colegas que lá estudaram.” Fonte: Martinho Silva (Facebook).
“Maria de Nazaré Sousa (proprietária/diretora); Profª. Maria Helena Sabbado (filha); Profª. Natalina (secretaria); Profª. Vila Nova (história); Profª. Ana Francisca (pedagógica); Profª. Ana Margarida (português); Prof. Roberto (Ed. Física); Moutinho (secretaria); Prof. Sabbado (matemática); Prof. Mister Paiva (inglês); Prof. Libonati (matemática). Comecei estudando o Primário na Escola de Aplicação Primária Ciências e Letras (1970), estudei até 1975 quando concluí o curso ginasial (1⁰ Grau). Em 1976 fui fazer o Científico no Colégio do Carmo e depois o convênio no Colégio Nazaré.” Fonte: Thiago Dias (Facebook).
Iracema voltou a trabalhar com costura e bordados. E ainda foi trabalhar com a "Dona Edite", uma mulher "gorda" que vendia Tacacá (comida típica paraense). Vendo que trabalhar com comida não era a sua vocação, desistiu e preferiu trabalhar somente com costura e bordados. Iracema trabalhou nos Centros de Referências de Assistência Social (CRAS), que funcionava no Maguari, ministrando oficinas e cursos de bordado em “ponto cruz”. Mário César, filho de Iracema, se casou em 1991, gerando um casal de filhos, Breno (contador) e Ana Neves (enfermeira). Cesarina viveu em união estável e se casou em 2006. Cesarina gerou seis filhos. Victor Hugo França Maia, filho da Cesarina, militar, casado, nascido em 05/01/1990, morreu jovem, assassinado de forma traiçoeira, com sua própria arma militar, em 14/11/2015. Iracema, católica praticante, educou seus filhos na fé, inserindo-os na catequese e na participação nas missas, paroquiana em várias paróquias próximas aos endereços por onde morou, inclusive já participou da Paróquia São Miguel, no bairro do Guamá, e da Paróquia São Domingos de Gusmão, no bairro Terra Firme. Até ao ano de 2025, participava da Paróquia Santíssimo Redentor.
O terreno da Iracema e Guiomar em Mocajuba. Os filhos do Nereu Rascon de Freitas cresceram ouvindo falar sobre o “terreno da Iracema”, comprado pelo seu pai Eduardo Machado Tavares, e deixado como herança para as filhas Iracema e Guiomar. O dito terreno, por nome “Elinha”, foi comprado numa ilha, no Rio Tauarezinho, município de Mocajuba. Naquele tempo, os terrenos no interior do município de Mocajuba tinham valor e geravam lucros, sendo usados para o cultivo de cacau, seringueiras e Virola surinamensis (conhecida popularmente como ucuuba), e esta foi a razão de o Eduardo comprar e deixar o terreno para as filhas. Eduardo entregou o terreno para o Nereu Rascón de Freitas tomar conta até o dia de a Iracema crescer e ir a Mocajuba para tomar posse de sua propriedade. Eduardo e Nereu não assinaram nenhum documento dando poder a Nereu para tomar conta do terreno, todo acordo foi feito verbalmente, sem prova material. Raimundo Tavares, irmão do Eduardo, e sua esposa Astrogilda também tinha um terreno no município de Limoeiro do Ajuru, Pará. Em Belém, Eduardo entregou o documento do terreno ao seu irmão, Raimundo Tavares, para este entregá-lo à Iracema e a Guiomar quando elas estivessem adultas, a fim de irem a Mocajuba para tomar posse da herança aos cuidados do Nereu. Nereu mostraria o lugar do terreno e o entregaria a elas. Iracema cresceu, casou, gerou filhos, e nunca procurou por seu terreno. Um pobre jovem homem casou no interior de Mocajuba, e não tendo onde morar com sua família, Nereu o colocou com caseiro no terreno da Iracema. Nereu ficou idoso e antes de morreu mostrou ao seu filho Norberto o “terreno da Iracema”. Nereu morreu em Mocajuba no dia 1 de maio de 2009, aos 86 anos de idade, e Iracema e Guiomar nunca o procuraram em vida para receber o terreno. Nereu morreu pensando que a Iracema não fez caso do terreno por ser no interior do município de Mocajuba, desprezando-o, também pensando que Iracema não gostava de sítio do interior, e ainda numa ilha. Quando Nereu morreu, o homem que morava no terreno como caseiro, foi à Prefeitura Municipal de Mocajuba, na sala do trabalho do Nilton Sérgio Brito Rascón, filho do Nereu, dizer que retirou sua moradia do terreno e entregou de volta o terreno, agora para o filho do Nereu, já que este havia morrido. E o caseiro abandonou o terreno, que ainda se encontra desabitado, até o ano de 2025. Aconteceu que, a Astrogilda (Gilda), esposa do Raimundo Tavares, irmão do Eduardo, já falecido em Capanema, proibiu o marido, de falar a verdade e entregar o documento do terreno à Iracema e Guiomar, que cresceram, casaram e geraram filhos, não sabendo da dita herança. Raimundo Tavares faleceu e o documento do terreno permaneceu escondido sob sua esposa. Os filhos de Raimundo Tavares e Astrogilda cresceram se formaram, casaram, saíram de casa, construíram seus patrimônios independentes, e a viúva Astrogilda ficou solitária. De antemão, Astrogilda foi morar na casa do seu filho Wilson que morreu. Então Astrogilda foi morar na casa do seu filho João, e depois na casa do seu filho Wiliam. Não dando certo a moradia, Astrogilda foi morar na casa da Iracema. Eis que Iracema já tinha 50 anos quando Astrogilda foi morar em sua casa. No trabalho da mudança, Astrogilda encontrou o antigo documento do terreno numa gaveta, e o entregou a Iracema. O documento estava obsoleto, sem validade na atualidade, escrito a mão em paleógrafo antigo. Foi então que a Iracema soube da existência de uma herança deixada por seu pai. A verdade foi descoberta. Terezinha é sobrinha da Astrogilda, filha da irmã da Astrogilda, que era professora em Marabá. Terezinha era uma pessoa muito boa, moradora na Rua Lauro Malcher, próximo à casa da Guiomar, e foi ela que internou a Astrogilda no asilo “Pão de Santo Antônio” (Avenida José Bonifácio, número 1758, Belém), onde ela morou e morreu. Já morando no Icuí (Ananindeua), Iracema contou a verdade para sua irmã Guiomar, mostrando-lhe o documento do terreno. Guiomar pediu e levou o documento para sua casa a fim de rever tal situação. Até o ano de 2025, o dito terreno continua desabitado, igual a terra devoluta, sem escritura atualizada. Este é o verdadeiro motivo de a Iracema e Guiomar não procurarem pelo terreno em Mocajuba, elas não sabiam da existência da herança. Iracema completou 95 anos de idade no dia 01/07/2025. Guiomar faleceu em Belém no dia 12/09/2025, com 93 nos de idade. |